Talvez uma das maiores
inspirações e insatisfações que me fizeram escrever algo distópico e
apocalíptico, mas precisamente em relação à escassez dos recursos naturais
juntamente com a deterioração do planeta, foi a obsolescência programada.
Essa temática que me foi
primeiramente apresentada por meio do documentário chamado “The Light Bulb Conspiracy”, (este que recomendo muito
que assista após ler esse texto) e posteriormente por meio de pesquisas e de
observações acerca da realidade.
No documentário vemos que as
empresas desde os anos 20 têm usado como estratégia de negócios para alavancar
o consumo, a técnica de inferiorizar seus produtos, para que estes em pouco
tempo se tornem obsoletos e tenham que ser descartados, e substituídos por
versões atuais. É o consumo por meio da insatisfação.
Existem dois modos que isso
pode ocorrer, o primeiro é quando o produto de fato deixa de funcionar, como é
o caso das impressoras que depois de um certo número de impressões começam a apresentar
problemas, sendo que seu conserto sai
mais caro do que comprar uma nova, o que leva as pessoas a novamente ter
adquirir produtos que durariam boa parte de suas vidas. E o outro caso é
obsolescência percebida, que ocorre quando o próprio consumidor considera seus
produtos velhos, mediante a presença de inovações, como é o caso dos automóveis
e smartphones, que são lançados em intervalos curtos de tempo.
Muitas pessoas consideração
essa temática uma teoria da conspiração, alegando que o que de fato ocorre, é
que o avanço tecnológico torna os produtos obsoletos, não uma estratégia
maliciosa industrial. Os outros cientes desse mal, falam que apesar de ser algo
ruim, garante o emprego de milhões de pessoas, pois mesmo que essas tenham que
gastar constantemente nos mesmos produtos, é trabalhando na produção destes que
elas tiram seus sustentos. Mas de uma forma ou de outra, ignorando ou tentando
justificar essa ação, temos que ter em mente que vivemos em um mundo finito, e
a produção excessiva e o acúmulo de lixo, há tempos está mostrando seus
resultados.
Muitas coisas não foram faladas
aqui, como por exemplo, os países miseráveis da África que viram os lixões
dessas multinacionais, afinal, o lixo descartado precisar ir para algum lugar.
Também não foram aprofundados os impactos que esse ato tem no meio ambiente, e
como isso reduz drasticamente não só a vida dos seres humanos como de vários
biomas. Mas um fato é que devemos tentar ao máximo evitar o consumo excessivo,
pelo menos, das coisas que realmente não precisamos, como os smartphones da
atualidade, dentre outras coisas, é necessário fazer um boicote ao consumismo,
e quanto as outros produtos que necessitamos, como remédios (estes que também
são alvo dessa prática, pois como dizem: um paciente curado é um cliente
perdido) e aparelhos básicos, devemos pressionar nossos governos e as empresas
para que essa prática seja abolida, e sempre devemos exigir clareza e pesquisar
a procedência das coisas que trazemos para nossa casa. O individualismo é uma
prática antinatural e impossível de se fazer em um mundo onde cada ser
necessita do outro para existir, por isso a atitude mais sensata é sempre a que
preza pelo bem comum, não só de nossos semelhantes, mas como de qualquer outra
forma de vida.