terça-feira, 9 de junho de 2020

Obsolescência Programada




Talvez uma das maiores inspirações e insatisfações que me fizeram escrever algo distópico e apocalíptico, mas precisamente em relação à escassez dos recursos naturais juntamente com a deterioração do planeta, foi a obsolescência programada.

Essa temática que me foi primeiramente apresentada por meio do documentário chamado “The Light Bulb Conspiracy”, (este que recomendo muito que assista após ler esse texto) e posteriormente por meio de pesquisas e de observações acerca da realidade.

No documentário vemos que as empresas desde os anos 20 têm usado como estratégia de negócios para alavancar o consumo, a técnica de inferiorizar seus produtos, para que estes em pouco tempo se tornem obsoletos e tenham que ser descartados, e substituídos por versões atuais. É o consumo por meio da insatisfação.

Existem dois modos que isso pode ocorrer, o primeiro é quando o produto de fato deixa de funcionar, como é o caso das impressoras que depois de um certo número de impressões começam a apresentar problemas, sendo que  seu conserto sai mais caro do que comprar uma nova, o que leva as pessoas a novamente ter adquirir produtos que durariam boa parte de suas vidas. E o outro caso é obsolescência percebida, que ocorre quando o próprio consumidor considera seus produtos velhos, mediante a presença de inovações, como é o caso dos automóveis e smartphones, que são lançados em intervalos curtos de tempo.

Muitas pessoas consideração essa temática uma teoria da conspiração, alegando que o que de fato ocorre, é que o avanço tecnológico torna os produtos obsoletos, não uma estratégia maliciosa industrial. Os outros cientes desse mal, falam que apesar de ser algo ruim, garante o emprego de milhões de pessoas, pois mesmo que essas tenham que gastar constantemente nos mesmos produtos, é trabalhando na produção destes que elas tiram seus sustentos. Mas de uma forma ou de outra, ignorando ou tentando justificar essa ação, temos que ter em mente que vivemos em um mundo finito, e a produção excessiva e o acúmulo de lixo, há tempos está mostrando seus resultados.

Muitas coisas não foram faladas aqui, como por exemplo, os países miseráveis da África que viram os lixões dessas multinacionais, afinal, o lixo descartado precisar ir para algum lugar. Também não foram aprofundados os impactos que esse ato tem no meio ambiente, e como isso reduz drasticamente não só a vida dos seres humanos como de vários biomas. Mas um fato é que devemos tentar ao máximo evitar o consumo excessivo, pelo menos, das coisas que realmente não precisamos, como os smartphones da atualidade, dentre outras coisas, é necessário fazer um boicote ao consumismo, e quanto as outros produtos que necessitamos, como remédios (estes que também são alvo dessa prática, pois como dizem: um paciente curado é um cliente perdido) e aparelhos básicos, devemos pressionar nossos governos e as empresas para que essa prática seja abolida, e sempre devemos exigir clareza e pesquisar a procedência das coisas que trazemos para nossa casa. O individualismo é uma prática antinatural e impossível de se fazer em um mundo onde cada ser necessita do outro para existir, por isso a atitude mais sensata é sempre a que preza pelo bem comum, não só de nossos semelhantes, mas como de qualquer outra forma de vida.


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